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Montando o Laboratório

Olá,

Para aprender eletrônica na prática é preciso um ferramental mínimo para seu laboratório/oficina.
Não precisa sair comprando tudo que o cara do balcão te disser pra comprar e é sempre bom dar uma pesquisada antes.
Se na sua cidade não há nenhuma loja física que venda ferramentas e componentes, a internet possui muitas e confiáveis opções de compra, mas tenha em mente que o tempo de entrega pode atrasar a realização das experiências.
Vou passar agora algumas lojas virtuais de referência e depois uma lista do ferramental mínimo que você deve possuir para iniciar nossas experiências:




Aqui estão algumas sugestões de sites em que compro com frequência e confiança:


Compras no Brasil


Compras no Exterior
Este tópico quase mereceria um capítulo à parte. As compras no exterior são realmente atrativas pelo seu preço, mas são por vezes desanimadoras pelo seu longo prazo de entrega. Já cheguei a esperar quatro meses por encomendas. Para ser bem cruel com os correios brasileiros, muito desta demora se deve ao lento tramite no território brasileiro.
Além disso, você pode dar o azar de ser taxado pela compra fora do Brasil. O valor desta taxa pode chegar a 60% do valor da compra, mas essa porcentagem está em discussão e deve aumentar.
Há uma máxima, mas não de confiança absoluta, que você não deve fazer compras superiores a U$ 50,00 (cinquenta dólares) para não ser taxado. Na dúvida, divida sua compra, se ela for superior a esse valor, em compras menores. Para tanto, procure vendedores que façam Frete Grátis.


Aqui vão alguns sites em que eu mesmo já comprei:


O que comprar?
Muito bem, vamos lá.
Você pode começar com um material bem básico. Suficiente para trabalhar nos conceitos iniciais:

  1. Alicate de corte
  2. Alicate de Bico
  3. Multímetro
  4. Ferro de Solda
  5. Solda

Alicates


Multímetro
Quanto ao Multímetro deve-se prestar atenção especial ao modelo a ser adquirido. Ele será seu companheiro mais fiel. Talvez valha a pena investir um pouco mais.
Atente para as unidades de medição e suas escalas. Um modelo bastante comum e não tão caro assim, em torno de 25 dólares no Brasil, é o Minipa ET-400. Você pode optar por algo mais barato como o Minipa ET-1002 que custa metade do ET-400. Ambos servirão aos nossos propósitos iniciais. No entanto, se você tiver dinheiro sobrando, pode comprar um FLUKE 117 que custa em torno de 200 dólares.



Ferro de Solda
Outro companheiro seu que deve ser escolhido com carinho é o ferro de solda.
Para começar opte por um ferro de solda com 40W de potência. Existem muitas marcas no mercado, mas o mais recomendado é o Hikari que lhe custará lá pelos 8 dólares. Contudo, se depois de comprar o multímetro você ainda tem uma parte da herança para gastar, você pode optar por uma estação de solda com controle de temperatura como a HK-936 de cerca de 70 dólares. Caso esteja mesmo louco para trocar o aluguel por uma estação de solda, pode comprar uma com soprador térmico que facilita a desolda de sucata que faremos muito para aproveitar peças e componentes.




Solda
Quanto a solda, opte inicialmente por um tubo de solda 1mm  com 25g que custa em torno de 3 dólares e será o suficiente para os nossos primeiros trabalhos. Mais tarde você pode comprar um carretel de 500g que custa em torno de 12 dólares.
A solda é identificada a partir da proporção entre estanho e chumbo. sendo que comumente temos as proporção mais comum 40/60, 50/50 e 60/40. Sendo a 60/40 a mais comum.







O mais curioso dos aprendizes pode notar que as embalagens e carretéis de solda possuem cores unificadas. Isto não é mera estética . Há uma explicação. As cores indicam a proporção estanho/chumbo e a indicação de potência para maior eficácia daquela solda. Observe:


















Note que a solda que indiquei, 60/40, tem a embalagem azul. Portanto, o ferro de solda utilizado deve ter no mínimo 30W ou a estação de solda deve estar regulada para , no mínimo, 189ºC.


Com isso podemos começar. A medida que os capítulos forem passando irei sugerir gradativamente a ampliação do ferramental e de nosso próprio laboratório.


Autor : 
Marcos Pizzolatto

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